quarta-feira, 23 de junho de 2010

Quatro Estações

O clima se modifica de acordo com a estação
Ao longo da translação que faz o globo terrestre
Expondo a cada trimestre a quarta parte da esfera
Ao astro da atmosfera que regula a temperatura
Mandando lá das alturas, em sua faina de ofício,
Os mais reais benefícios, pra todas as criaturas.

Sendo quatro e anuais, numa seqüência que passa,
Dão o ar da sua graça sempre em forma trimestral
E de modo especial, trazem o bem ao ser humano
Quando as estações do ano, tão distintas, variadas,
Em geral são esperadas com a mesma ansiedade,
Pois fazem a felicidade no meio rural e urbano.

Traz consigo a Primavera a beleza e os odores
É a estação das flores, coisa linda que aparece
Quando tudo refloresce, rebrotando os vegetais,
E até mesmo os animais procuram a reprodução
Pois o ciclo da criação ressurge muito mais forte
Despertando nos consortes os impulsos paternais.

O Verão chega mais quente, em todas as latitudes,
Parecendo a juventude, pela qual todos passamos,
E, depressa caminhamos, pra construir bravamente,
O futuro no presente ao projetar as famílias,
Conservando a vigília, de quem ama aquilo que faz,
E mostra do que é capaz, do modo mais eficiente.

Caem as folhas no Outono, marcando bem o ocaso
E não será por acaso, que esse tempo é de colheita
Quando o homem aproveita os frutos da mocidade
Pra depois, com mais idade, dedicar o grande zelo
Até a um fio de cabelo, que teima em cair no chão
Influência da estação em que perde a vitalidade.

E o Inverno, minha gente, traz de volta o minuano
Vento maluco e tirano, que penetra até na alma,
Ricocheteia, sem calma, pelos campos e cidades
Castigando, barbaridade, especialmente a velhice
Que se encontra na planície onde não há mais vigor
Nem um poncho protetor pra lhe aquecer de verdade.


Antonio Luiz de Oliveira/nov/2004

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