quinta-feira, 22 de outubro de 2009
Livraria a Céu Aberto
Frequento a Feira do Livro desde a primeira edição
E assisto, com emoção, seu crescimento e sucesso
Resultante do progresso e da cultura de um povo
Que mostra o que há de novo a cada ano que passa
Sempre ali, na mesma praça, onde teve o seu início
Modesta, com sacrifício, mas, hoje cheia de glórias
Foi inserida na história, como evento tradicional
Orgulhando a Capital, que a viu nascer, florescer,
Viu expandir-se e crescer em quantidade e beleza
Coroada, com certeza, do prestígio nacional.
No começo eram barracas montadas por editores
Reunindo os escritores, especialmente gaúchos
Num ambiente sem luxo, repleto de jornalistas
De poetas, de contistas, e outros menos votados
Sendo todos igualados, aos leitores, aos amigos
Tanto novos como antigos que aproveitam o evento
Pra levar um lançamento recém saído das prensas
Com ofertas, diferenças, nos preços, nas cortesias
No desconto das livrarias, além do gáudio do autor
Que vê em cada leitor, o melhor das recompensas.
Grandiosa festividade de entusiasmo e cultura
Onde passam criaturas de diversas procedências
Algumas com referências, por seus feitos literários
Professores, funcionários, doutores ou estudantes
Mas, todas elas amantes de novos conhecimentos
Envolvidas no movimento, que há mais de 50 anos
Vem subindo soberano, com fama e repercussão
Em rádio ou televisão, sem falar na mídia impressa
Geralmente onde começa, por dever de afinidade
A primeira publicidade em torno da exposição.
Velho Largo da Quitanda, em plena festa de cores
Traz o perfume das flores dos frondosos jacarandás
E, o canto dos sabiás, que enche o ar de alegria
Relembrando a poesia e a grande figura humana
Do saudoso Mario Quintana, que continua na feira
No balcão, nas prateleiras, e, no meio dos visitantes
Pois, sendo eterno feirante, que um dia já foi patrono
Ganhou merecido trono bem ao lado de Drummond
Cantores do mesmo tom, e, amigos particulares,
Dois poetas luminares, degraus acima dos bons.
A.L.Oliveira/out/2006
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
Radiodocumentário realizado pelo Prof Rafael Cogo, com apoio do Curso de Jornalismo da UFMS, e, colaboração de PY3AL-Antonio Luiz de Oliveira, entre outros radioamadores.mp3
( para ouvir basta clicar no título sublinhado acima, duração 19min56seg )
( para ouvir basta clicar no título sublinhado acima, duração 19min56seg )
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Radiodocumentário - mp3
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
Primavera
Vem chegando a Primavera com toda a sua beleza,
E, as forças da natureza em explosões multicores,
Vão abrindo suas flores para enfeitar nosso mundo
Envolto em sono profundo durante o frio do Inverno,
Despertando agora fraterno e todo cheio de amores,
Pra receber os odores de um tempo novo e fecundo.
Aqueles que vêem a vida num plano de melhor jeito
Não conseguem pôr defeito onde está a Sabedoria,
Que nos mostra todo dia sua Força, com sutileza;
Faz do feio uma Beleza, abrindo novos caminhos,
E, onde se viam espinhos, no momento, há uma flor,
Alertando pro valor da crença na natureza.
Tudo é vestido de verde no reino dos vegetais,
As folhas brilham demais, envolvendo novo fruto,
Que será outro produto na riqueza da colheita,
Programada pra ser feita já na estação futura,
Quando a fruta está madura querendo cair do pé,
Reforçando nossa fé numa Entidade Perfeita.
Mudanças também ocorrem no mundo dos animais,
Para menos, para mais, tudo na mesma seqüência,
Até mudam de aparência, pra buscar acasalamento,
Pois é chegado o momento de procriar novamente,
Quando o instinto é ciente da grande oportunidade,
De haver continuidade sem qualquer açodamento.
O bicho-homem, soberbo, se a memória não me falha,
Às vezes muito atrapalha e, com tristeza, confesso,
Pois em nome do progresso, numa atitude funesta,
Destrói a própria floresta ao lançar seus desafios,
Quando assoreia os rios, faz queimadas, usa veneno,
Polui a água e o terreno, e, ainda ri do que resta.
Se acaso houvesse concurso, pra atribuir uma nota,
Sem aparentar chacota, e, nem fosse uma pilhéria,
A indicação mais séria, merecida, justa e sincera,
Como prêmio à Primavera, seria um dez, eu espero,
Reservando nota zero, e, mais alguns desfavores,
Pra todos poluidores da terra e da atmosfera.
Antonio Luiz de Oliveira/nov/2004
"A primavera chegará, mesmo que ninguém mais
saiba seu nome, nem acredite no calendário, nem
possua jardim para recebê-la”. Cecília Meireles,
poeta carioca."
E, as forças da natureza em explosões multicores,
Vão abrindo suas flores para enfeitar nosso mundo
Envolto em sono profundo durante o frio do Inverno,
Despertando agora fraterno e todo cheio de amores,
Pra receber os odores de um tempo novo e fecundo.
Aqueles que vêem a vida num plano de melhor jeito
Não conseguem pôr defeito onde está a Sabedoria,
Que nos mostra todo dia sua Força, com sutileza;
Faz do feio uma Beleza, abrindo novos caminhos,
E, onde se viam espinhos, no momento, há uma flor,
Alertando pro valor da crença na natureza.
Tudo é vestido de verde no reino dos vegetais,
As folhas brilham demais, envolvendo novo fruto,
Que será outro produto na riqueza da colheita,
Programada pra ser feita já na estação futura,
Quando a fruta está madura querendo cair do pé,
Reforçando nossa fé numa Entidade Perfeita.
Mudanças também ocorrem no mundo dos animais,
Para menos, para mais, tudo na mesma seqüência,
Até mudam de aparência, pra buscar acasalamento,
Pois é chegado o momento de procriar novamente,
Quando o instinto é ciente da grande oportunidade,
De haver continuidade sem qualquer açodamento.
O bicho-homem, soberbo, se a memória não me falha,
Às vezes muito atrapalha e, com tristeza, confesso,
Pois em nome do progresso, numa atitude funesta,
Destrói a própria floresta ao lançar seus desafios,
Quando assoreia os rios, faz queimadas, usa veneno,
Polui a água e o terreno, e, ainda ri do que resta.
Se acaso houvesse concurso, pra atribuir uma nota,
Sem aparentar chacota, e, nem fosse uma pilhéria,
A indicação mais séria, merecida, justa e sincera,
Como prêmio à Primavera, seria um dez, eu espero,
Reservando nota zero, e, mais alguns desfavores,
Pra todos poluidores da terra e da atmosfera.
Antonio Luiz de Oliveira/nov/2004
"A primavera chegará, mesmo que ninguém mais
saiba seu nome, nem acredite no calendário, nem
possua jardim para recebê-la”. Cecília Meireles,
poeta carioca."
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
Mui Amigo
Tão suave e delicado
Como vinho fabricado
Somente de boa uva,
Empresta seu guarda-chuva
Quando há sol no horizonte,
E, nenhum sinal que aponte,
Nem mesmo o anoitecer;
Mas, às vezes, nos revolta,
Querendo tomar de volta,
Se mal começa a chover.
Desenvolto, competente,
Parece viver contente
Fazendo aquilo que adora,
Ao cobrar juros de mora
Sem descuidar-se um segundo,
Pois, dedica amor profundo,
Semelhante ao matrimonial,
A todo e qualquer momento
Das fases de crescimento,
Do chamado “vil metal”.
Faz parte da própria “raça”,
O não dar nada de graça,
Nem boa tarde, nem bom dia,
Contrariando a filosofia,
Dos senhores e senhoras,
Pois, cobra até pelas horas,
Se acaso for perguntado;
Mas, “sensível” como luva,
Oferece seu “guarda-chuva”,
Se o tempo não for nublado.
Rezemos, depois, irmão,
Antes da devolução,
Que nosso contrato exige,
Implorando a Santa Edwiges,
Protetora de endividados:
Faça a nuvem se mover,
Pra que não volte a chover,
Ao menos por estes lados.
A.L.Oliveira/jul/2007
“Banqueiro é um sujeito que nos
empresta um guarda-chuva quando
faz sol e o pede de volta quando
começa a chover”. Mark Twain
Como vinho fabricado
Somente de boa uva,
Empresta seu guarda-chuva
Quando há sol no horizonte,
E, nenhum sinal que aponte,
Nem mesmo o anoitecer;
Mas, às vezes, nos revolta,
Querendo tomar de volta,
Se mal começa a chover.
Desenvolto, competente,
Parece viver contente
Fazendo aquilo que adora,
Ao cobrar juros de mora
Sem descuidar-se um segundo,
Pois, dedica amor profundo,
Semelhante ao matrimonial,
A todo e qualquer momento
Das fases de crescimento,
Do chamado “vil metal”.
Faz parte da própria “raça”,
O não dar nada de graça,
Nem boa tarde, nem bom dia,
Contrariando a filosofia,
Dos senhores e senhoras,
Pois, cobra até pelas horas,
Se acaso for perguntado;
Mas, “sensível” como luva,
Oferece seu “guarda-chuva”,
Se o tempo não for nublado.
Rezemos, depois, irmão,
Antes da devolução,
Que nosso contrato exige,
Implorando a Santa Edwiges,
Protetora de endividados:
Faça a nuvem se mover,
Pra que não volte a chover,
Ao menos por estes lados.
A.L.Oliveira/jul/2007
“Banqueiro é um sujeito que nos
empresta um guarda-chuva quando
faz sol e o pede de volta quando
começa a chover”. Mark Twain
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
Radioaficionado
Eu sou “munheca de pau”* desde o século passado,
Quando iniciei licenciado, na “ faixa do cidadão”,
E, depois, num empurrão, galguei um degrau a mais,
Fazendo provas formais pra acessar outras faixas,
Tanto nas freqüências baixas como naquelas do topo,
Conforme era o escopo pra transmitir meus sinais.
Com certeza, meus colegas, digo isso com respeito,
E até estufo meu peito, pra lhes contar esse início,
Pois, tenho ainda resquícios daquelas boas maneiras,
Aprendidas nas fileiras dos que operam os onze metros,
E se referem ao espectro como se fosse o mais nobre,
Pois é lá que se descobre a vocação verdadeira.
Assimilei os deveres, aos poucos, e, ao natural,
Alguns, de ordem legal, e, cumprimento obrigatório,
Quando o rol comprobatório pra completa habilitação,
Exigia a comprovação de associado labreano,
Pra conseguir-se, de plano, e, de modo definitivo,
O sonhado indicativo e a licença da estação.
Os compromissos sociais também eram observados,
Naqueles comunicados, de interesse e importância,
Onde a própria relevância atestava a necessidade,
Pois, havendo calamidade, lá estava o radioamador,
Um soldado de valor, armado com seu “canhão”,
Atendendo à convocação em favor da sociedade.
Hoje em dia, me parece, a coisa é mais liberal,
Pois, com a isenção total, do dever associativo,
Vem o fator negativo que mais prejudica a classe,
Diante de um certo impasse evidente e conclusivo,
Que, salvo melhor juízo, enfraquece a união,
Levando a associação, aos poucos, pro desenlace.
São tantas as novidades, que chegaram pra ficar,
Hoje, além do celular, um “brinquedo” de telefone,
Que, contrário ao microfone, dispensa propagação,
É seguro, sempre à mão, com seu tempo de vedete,
Trouxe junto a Internet, e, outras modalidades,
Com reais facilidades para a comunicação.
* = gíria aplicável ao operador inexperiente.
PY3AL- Antonio Luiz de Oliveira/nov/2004
Quando iniciei licenciado, na “ faixa do cidadão”,
E, depois, num empurrão, galguei um degrau a mais,
Fazendo provas formais pra acessar outras faixas,
Tanto nas freqüências baixas como naquelas do topo,
Conforme era o escopo pra transmitir meus sinais.
Com certeza, meus colegas, digo isso com respeito,
E até estufo meu peito, pra lhes contar esse início,
Pois, tenho ainda resquícios daquelas boas maneiras,
Aprendidas nas fileiras dos que operam os onze metros,
E se referem ao espectro como se fosse o mais nobre,
Pois é lá que se descobre a vocação verdadeira.
Assimilei os deveres, aos poucos, e, ao natural,
Alguns, de ordem legal, e, cumprimento obrigatório,
Quando o rol comprobatório pra completa habilitação,
Exigia a comprovação de associado labreano,
Pra conseguir-se, de plano, e, de modo definitivo,
O sonhado indicativo e a licença da estação.
Os compromissos sociais também eram observados,
Naqueles comunicados, de interesse e importância,
Onde a própria relevância atestava a necessidade,
Pois, havendo calamidade, lá estava o radioamador,
Um soldado de valor, armado com seu “canhão”,
Atendendo à convocação em favor da sociedade.
Hoje em dia, me parece, a coisa é mais liberal,
Pois, com a isenção total, do dever associativo,
Vem o fator negativo que mais prejudica a classe,
Diante de um certo impasse evidente e conclusivo,
Que, salvo melhor juízo, enfraquece a união,
Levando a associação, aos poucos, pro desenlace.
São tantas as novidades, que chegaram pra ficar,
Hoje, além do celular, um “brinquedo” de telefone,
Que, contrário ao microfone, dispensa propagação,
É seguro, sempre à mão, com seu tempo de vedete,
Trouxe junto a Internet, e, outras modalidades,
Com reais facilidades para a comunicação.
* = gíria aplicável ao operador inexperiente.
PY3AL- Antonio Luiz de Oliveira/nov/2004
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