Primavera, bem me lembro,
trouxe pra nós em setembro,
um presente de primeira,
que brotou em forma de flor
num “ramo de oliveira”.
Desse jardim, pioneira,
a conquistar nosso amor
e se tornar o xodó.
Do vovô e da vovó,
que hoje trazem um abraço,
feito com régua e compasso,
a guisa de perfeição,
e entregam com emoção,
àquela que bem merece,
no dia em que enobrece
seu nível de educação.
Parabéns, querida Fê,
hoje abraçamos você,
num coral, em consonância.
Junto ao pai, à mãe, à Constância,
ao Lourenço, Amaro, Marília,
aos tios, e, toda a família,
que te ama de verdade,
e, quer que a felicidade,
te acompanhe, por justiça;
estão, também, outros primos,
igualmente nossos mimos,
o Augusto, a Lúcia, a Clarissa.
Que esta nova conquista,
coroada de sucesso,
traga a marca do progresso
e seja o ponto inicial,
na trilha profissional,
que escolheste querida.
Rogamos ao Onipotente,
esteja sempre presente,
aos atos de tua vida.
Beijos do vovô e da vovó - A.L.Oliveira/mai/2006
(para a querida neta Felícia por ocasião de sua formatura na UFSC)
terça-feira, 29 de setembro de 2009
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
Nostalgia
Bom dia caro colega
Vamos falar de saudade,
Lembrando a fraternidade
Que unia os radioamadores,
Incansáveis operadores
De microfones e antenas;
Coisas de suma importância
Pra fazer com que as distâncias
Pareçam sempre pequenas.
Lastimo que nossa classe,
Antes aguerrida e forte,
Caminhe agora sem norte,
Dispersa, desagregada,
O que foi serviço ou esporte,
Não representa mais nada,
Pois hoje os radioamadores,
São esparsos batalhadores,
Entregues à própria sorte.
Instrumento reconhecido,
De vanguarda e utilidade,
Serviu ao campo, à cidade,
Com garra, com altruísmo,
Sem qualquer temeridade,
Sendo o radioamadorismo,
Tal e qual como um soldado,
O primeiro a ser convocado,
Em meio à calamidade.
Mas hoje é obsoleto,
Pelo avanço da ciência,
Só restando reminiscências,
Das pesquisas mais diversas,
E as “complicadas” conversas,
Que ocupavam as freqüências,
Hoje dão o seu lugar,
A internet, o echolink, o celular,
Que não aceitam experiências.
Sou associado da Labre,
Há bem mais de vinte anos,
Tive acertos, desenganos,
Sem abandonar o ” fronte”,
Pois, errar é dos humanos,
Segundo afirma uma fonte,
Embora a desesperança,
Tome conta dessa andança,
Sem rumo e sem horizonte.
A.L.Oliveira – PY3AL – abr/2006
Vamos falar de saudade,
Lembrando a fraternidade
Que unia os radioamadores,
Incansáveis operadores
De microfones e antenas;
Coisas de suma importância
Pra fazer com que as distâncias
Pareçam sempre pequenas.
Lastimo que nossa classe,
Antes aguerrida e forte,
Caminhe agora sem norte,
Dispersa, desagregada,
O que foi serviço ou esporte,
Não representa mais nada,
Pois hoje os radioamadores,
São esparsos batalhadores,
Entregues à própria sorte.
Instrumento reconhecido,
De vanguarda e utilidade,
Serviu ao campo, à cidade,
Com garra, com altruísmo,
Sem qualquer temeridade,
Sendo o radioamadorismo,
Tal e qual como um soldado,
O primeiro a ser convocado,
Em meio à calamidade.
Mas hoje é obsoleto,
Pelo avanço da ciência,
Só restando reminiscências,
Das pesquisas mais diversas,
E as “complicadas” conversas,
Que ocupavam as freqüências,
Hoje dão o seu lugar,
A internet, o echolink, o celular,
Que não aceitam experiências.
Sou associado da Labre,
Há bem mais de vinte anos,
Tive acertos, desenganos,
Sem abandonar o ” fronte”,
Pois, errar é dos humanos,
Segundo afirma uma fonte,
Embora a desesperança,
Tome conta dessa andança,
Sem rumo e sem horizonte.
A.L.Oliveira – PY3AL – abr/2006
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
Bençãos Eletrônicas
Parabéns, radioamador
Que recém foi licenciado
Para mandar seu recado
Sem levantar da cadeira
Talvez, pra cidade inteira
O que já tem importância
Mas, conforme a propagação,
Fazer, também, transmissão
Até pra longa distância.
Seja bem-vindo à classe
Venha ocupar seu espaço
E receber nosso abraço
Mais um pequeno recado
Pois, mesmo capacitado
No uso do equipamento
Vá devagar, com paciência,
Escute bem a freqüência
Procure o melhor momento.
Antigamente o novato
Por certo, com ceticismo
Era alvo de um batismo
Praxe quase obrigatória
Com direito à oratória
De cada participante
Onde padrinhos, madrinhas,
Vinham cantar ladainhas
Saudando o principiante.
Momento muito especial,
De festa e fraternidade
Visava a “solenidade”
Dar boas-vindas ao parceiro
E torná-lo bom companheiro
Com brincadeira e respeito
Ficando claro ao sujeito
Algo sério, que era a tônica
Quando o casal de padrinhos
Transmitia, com carinho
Suas “bênçãos eletrônicas”.
A.L.Oliveira - PY3AL - abr/2006
Que recém foi licenciado
Para mandar seu recado
Sem levantar da cadeira
Talvez, pra cidade inteira
O que já tem importância
Mas, conforme a propagação,
Fazer, também, transmissão
Até pra longa distância.
Seja bem-vindo à classe
Venha ocupar seu espaço
E receber nosso abraço
Mais um pequeno recado
Pois, mesmo capacitado
No uso do equipamento
Vá devagar, com paciência,
Escute bem a freqüência
Procure o melhor momento.
Antigamente o novato
Por certo, com ceticismo
Era alvo de um batismo
Praxe quase obrigatória
Com direito à oratória
De cada participante
Onde padrinhos, madrinhas,
Vinham cantar ladainhas
Saudando o principiante.
Momento muito especial,
De festa e fraternidade
Visava a “solenidade”
Dar boas-vindas ao parceiro
E torná-lo bom companheiro
Com brincadeira e respeito
Ficando claro ao sujeito
Algo sério, que era a tônica
Quando o casal de padrinhos
Transmitia, com carinho
Suas “bênçãos eletrônicas”.
A.L.Oliveira - PY3AL - abr/2006
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
Padre Landell de Moura
Surgiu em data distante (1861)
Em Porto Alegre, no centro
O homem que no momento
Passa a ser o personagem
A quem dedico a mensagem
Que pretendo apresentar
Na esperança de mostrar
A grandeza de seus feitos
E, também, alguns defeitos
Se porventura encontrar.
Dona Sara Marianna Landell
E, Inácio Ferreira Moura
São as fontes geradoras
Desse garotão esperto
Cujo nome de Roberto
Conforme foi registrado
Veio a ser sacramentado
Também em nossa cidade
Aos dois anos de idade (1863)
Na pia do batizado.
Herdou dos pais, com certeza
Alguns traços definidos
Foi menino extrovertido
Sempre atento às novidades;
Fez o curso de Humanidades (1872/77)
E, seguiu pro Rio de Janeiro
Como estudante e caixeiro
Até que o próprio destino
Quem sabe, um sopro Divino
Veio mudar-lhe o roteiro.
Matriculou-se em Roma
Por indicação da fé (1878)
Sendo perto da Santa Sé
Que estudou Filosofia
E, também, Teologia,
Indispensáveis ao mote
De se tornar sacerdote (1886)
Sem descuidar dos inventos
Um de seus grandes intentos
Desde quando rapazote.
Tinha o gênio desinquieto
De um padre itinerante
Parava só um instante (1887/900)
Em suas várias mudanças
Sendo muitas as andanças
De Porto Alegre a Santana (SP)
Campinas, Santos, Uruguaiana
Como vigário e professor
Cientista e pesquisador
Dedicado à vida humana.
Roberto Landell de Moura
Teve até fama de santo
Havendo alguém, entretanto
Que o considerava “bruxo”
Por afrontar os gaúchos
Com idéias avançadas
E reprimendas ousadas
Ao exigir que as “beatas”
Se mostrassem mais sensatas
Especialmente as casadas.
Os sermões que ele pregava
Calavam fundo na alma
Talvez escritos com a calma
De quem falava com Deus;
Pois, hoje, os cadernos seus
Guardam parte da doutrina
Que essa mente cristalina
Produziu por tantos anos
Ensinando aos paroquianos
A mais cristã disciplina.
A versatilidade do gênio
É clara, não se ignora
Por certo, Nossa Senhora
Deu-lhe amparo e proteção
Quando até a televisão (1904)
Que ninguém falava dela
Mas, ele, “enxergava” a tela
Com detalhes importantes
Mais de vinte anos antes
De abrir-se a grande “janela”.
Em cada lugar que andasse
Despertava curiosidade
Face à extrema habilidade
De lidar com coisa estranha
Sendo várias as façanhas
No campo do Espiritismo
E, também do Hipnotismo
Onde fez experimentos
No seu tempo, “divertimento”
Impróprio ao catolicismo.
Com cabeça prodigiosa
Sempre cheia de projetos
Catava alguns objetos
Pros engenhos que montava
Ou então os fabricava
Em serões artesanais
Recolhendo os materiais
Como foram imaginados
Sem esquecer os cuidados
Das funções sacerdotais.
Resultou de seu trabalho
Para nosso maior gáudio
A grande invenção do rádio (1893)
Do qual é pai, é razão
Pois qualquer comunicação
Por onda hertziana
Lembra o padre e nos ufana
Muito embora seu rival (Marconi)
Pelo descaso oficial
Tenha ficado com a fama.
Fez a grande prova no ar (1899)
Da transmissão à distância
Com a devida relevância
Que o fato em si requeria
Demonstrando a telefonia
Sem o uso de algum fio
Sendo esse um desafio
Reconhecido na imprensa
Que lhe deu a recompensa
Num merecido elogio. (1900)
O ensaio foi divulgado
E, por muita gente visto
Mas só teve oficial registro
Depois de grande labuta
Ao enfrentar nova luta
Na forma de seu perfil
Pra conseguir no Brasil (1901)
A patente do aparato
Que transmitia de fato
Algum som, mesmo sutil.
Nosso ilustre conterrâneo
Que é gaúcho e brasileiro
É o patrono verdadeiro
Dos que amam seus inventos
E propagam aos quatro ventos
Com orgulho e com louvor
Que um bom radioamador
Serve sempre à sociedade
Por sua livre vontade
Sem nunca esperar favor.
Finalmente reconhecido
Depois de alguns desenganos
Recebeu dos americanos
Três patentes de inventor (1904)
Atestando que o transmissor
E o telefone sem fio
São obras do seu feitio
Que se somam à primazia
De fazer da telegrafia
Um complemento do trio.
Perdão, ilustre pastor,
Pela simplória abordagem,
Que a título de homenagem,
Quis colocar no papel,
Mas, foi tarefa cruel,
Diante da vossa estatura;
Pois, confesso, com lisura,
E com todo meu respeito,
Que pra alcançar seus feitos,
Preciso ter mais altura.
Antonio Luiz de Oliveira/out/2004
py3al@ig.com.br
Obs: estes versos tem por base a obra “Brasileiro, Gaúcho, Um Gênio Diferente: Landell de Moura”, escrita pelo radioamador – PY3 IDR – Ivan Dorneles Rodrigues, apaixonado pesquisador e estudioso da vida e obra desse notável religioso, cientista e inventor, chamado ROBERTO LANDELL DE MOURA.
Em Porto Alegre, no centro
O homem que no momento
Passa a ser o personagem
A quem dedico a mensagem
Que pretendo apresentar
Na esperança de mostrar
A grandeza de seus feitos
E, também, alguns defeitos
Se porventura encontrar.
Dona Sara Marianna Landell
E, Inácio Ferreira Moura
São as fontes geradoras
Desse garotão esperto
Cujo nome de Roberto
Conforme foi registrado
Veio a ser sacramentado
Também em nossa cidade
Aos dois anos de idade (1863)
Na pia do batizado.
Herdou dos pais, com certeza
Alguns traços definidos
Foi menino extrovertido
Sempre atento às novidades;
Fez o curso de Humanidades (1872/77)
E, seguiu pro Rio de Janeiro
Como estudante e caixeiro
Até que o próprio destino
Quem sabe, um sopro Divino
Veio mudar-lhe o roteiro.
Matriculou-se em Roma
Por indicação da fé (1878)
Sendo perto da Santa Sé
Que estudou Filosofia
E, também, Teologia,
Indispensáveis ao mote
De se tornar sacerdote (1886)
Sem descuidar dos inventos
Um de seus grandes intentos
Desde quando rapazote.
Tinha o gênio desinquieto
De um padre itinerante
Parava só um instante (1887/900)
Em suas várias mudanças
Sendo muitas as andanças
De Porto Alegre a Santana (SP)
Campinas, Santos, Uruguaiana
Como vigário e professor
Cientista e pesquisador
Dedicado à vida humana.
Roberto Landell de Moura
Teve até fama de santo
Havendo alguém, entretanto
Que o considerava “bruxo”
Por afrontar os gaúchos
Com idéias avançadas
E reprimendas ousadas
Ao exigir que as “beatas”
Se mostrassem mais sensatas
Especialmente as casadas.
Os sermões que ele pregava
Calavam fundo na alma
Talvez escritos com a calma
De quem falava com Deus;
Pois, hoje, os cadernos seus
Guardam parte da doutrina
Que essa mente cristalina
Produziu por tantos anos
Ensinando aos paroquianos
A mais cristã disciplina.
A versatilidade do gênio
É clara, não se ignora
Por certo, Nossa Senhora
Deu-lhe amparo e proteção
Quando até a televisão (1904)
Que ninguém falava dela
Mas, ele, “enxergava” a tela
Com detalhes importantes
Mais de vinte anos antes
De abrir-se a grande “janela”.
Em cada lugar que andasse
Despertava curiosidade
Face à extrema habilidade
De lidar com coisa estranha
Sendo várias as façanhas
No campo do Espiritismo
E, também do Hipnotismo
Onde fez experimentos
No seu tempo, “divertimento”
Impróprio ao catolicismo.
Com cabeça prodigiosa
Sempre cheia de projetos
Catava alguns objetos
Pros engenhos que montava
Ou então os fabricava
Em serões artesanais
Recolhendo os materiais
Como foram imaginados
Sem esquecer os cuidados
Das funções sacerdotais.
Resultou de seu trabalho
Para nosso maior gáudio
A grande invenção do rádio (1893)
Do qual é pai, é razão
Pois qualquer comunicação
Por onda hertziana
Lembra o padre e nos ufana
Muito embora seu rival (Marconi)
Pelo descaso oficial
Tenha ficado com a fama.
Fez a grande prova no ar (1899)
Da transmissão à distância
Com a devida relevância
Que o fato em si requeria
Demonstrando a telefonia
Sem o uso de algum fio
Sendo esse um desafio
Reconhecido na imprensa
Que lhe deu a recompensa
Num merecido elogio. (1900)
O ensaio foi divulgado
E, por muita gente visto
Mas só teve oficial registro
Depois de grande labuta
Ao enfrentar nova luta
Na forma de seu perfil
Pra conseguir no Brasil (1901)
A patente do aparato
Que transmitia de fato
Algum som, mesmo sutil.
Nosso ilustre conterrâneo
Que é gaúcho e brasileiro
É o patrono verdadeiro
Dos que amam seus inventos
E propagam aos quatro ventos
Com orgulho e com louvor
Que um bom radioamador
Serve sempre à sociedade
Por sua livre vontade
Sem nunca esperar favor.
Finalmente reconhecido
Depois de alguns desenganos
Recebeu dos americanos
Três patentes de inventor (1904)
Atestando que o transmissor
E o telefone sem fio
São obras do seu feitio
Que se somam à primazia
De fazer da telegrafia
Um complemento do trio.
Perdão, ilustre pastor,
Pela simplória abordagem,
Que a título de homenagem,
Quis colocar no papel,
Mas, foi tarefa cruel,
Diante da vossa estatura;
Pois, confesso, com lisura,
E com todo meu respeito,
Que pra alcançar seus feitos,
Preciso ter mais altura.
Antonio Luiz de Oliveira/out/2004
py3al@ig.com.br
Obs: estes versos tem por base a obra “Brasileiro, Gaúcho, Um Gênio Diferente: Landell de Moura”, escrita pelo radioamador – PY3 IDR – Ivan Dorneles Rodrigues, apaixonado pesquisador e estudioso da vida e obra desse notável religioso, cientista e inventor, chamado ROBERTO LANDELL DE MOURA.
Data Venia e coisa e tal...
Dia desses assistimos
Passar na televisão
Um verdadeiro arrastão
Que acabou com a premissa
De que a excelsa justiça
Resguarda sempre os direitos;
Data vênia (*), meus doutores
Foram grandes oradores
Mas nem justos nem perfeitos
Data vênia, meus senhores
Foi um funéreo momento
Que vimos com desalento
Durante uma tarde inteira
Quando uma classe ordeira
De velhos e aposentados
Viu enterrar-se o preceito
Que assegurava um direito
Há anos já consagrado
Estavam todos de preto
A roupa que mais convinha
P’ra rezarem a ladainha
Naquele triste velório
Que cassou um ilusório
E petrificado mandamento;
Mas ainda há o perigo
De mandarem outro castigo
Basta chegar o momento
Entre nós aposentados
Tem gente que ainda acha
Que pra criar uma taxa
Tem de haver finalidade
E também necessidade
De uma contraprestação;
Talvez agora o Estado
Vá ficar encarregado
De financiar o caixão
Cadê o ato jurídico
Que se chamava perfeito
Teria sido mal feito
Por quem lhes antecedeu
E que ao final concedeu
O que consideram abuso?
Será que o tal de respeito
Aos princípios do direito
Já está fora de uso?
Data vênia, meus senhores
E a tal coisa julgada?
Que já era “transitada”
E se dizia “imexível”;
Vejam só que coisa horrível
Ela já não mais perdura;
Como o amor em desavença
Parece que uma sentença
Só é boa enquanto dura
Data vênia, meus senhores
E o direito adquirido?
Que resultou suprimido
Na chamada “carta maior”
Que agora tornou menor
Os proventos ajustados?
Será mesmo que brincaram
Quando a tal carta aprovaram
Os senhores deputados?
Onde anda a cláusula pétrea
Nossa grande segurança?
Não merece mais confiança
Pela falta de firmeza
Quando já foi a certeza
Do negócio contratado;
Tem razão o que define
Ser a clàusula tão firme
Como palanque em banhado
Não há mais o que chorar
O leite está derramado
Coitado do aposentado
Que deu sua mocidade
Em favor da sociedade
Caiu mesmo num buraco;
Agora é se conformar
E, data vênia, enfiar
Sua viola no saco
(*) É um jargão respeitoso
Usado em qualquer instância
P’ra introduzir discordância
Numa discussão forense
Onde até o amanuense
Aplica com precisão;
Mas enfim, só resta agora
Rezar p’ra Nossa Senhora
E implorar proteção
Antonio Luiz de Oliveira/ago/2004
(Julgamento que cassou o direito de isenção da
contribuição previdenciária que tinham os aposentados)
Passar na televisão
Um verdadeiro arrastão
Que acabou com a premissa
De que a excelsa justiça
Resguarda sempre os direitos;
Data vênia (*), meus doutores
Foram grandes oradores
Mas nem justos nem perfeitos
Data vênia, meus senhores
Foi um funéreo momento
Que vimos com desalento
Durante uma tarde inteira
Quando uma classe ordeira
De velhos e aposentados
Viu enterrar-se o preceito
Que assegurava um direito
Há anos já consagrado
Estavam todos de preto
A roupa que mais convinha
P’ra rezarem a ladainha
Naquele triste velório
Que cassou um ilusório
E petrificado mandamento;
Mas ainda há o perigo
De mandarem outro castigo
Basta chegar o momento
Entre nós aposentados
Tem gente que ainda acha
Que pra criar uma taxa
Tem de haver finalidade
E também necessidade
De uma contraprestação;
Talvez agora o Estado
Vá ficar encarregado
De financiar o caixão
Cadê o ato jurídico
Que se chamava perfeito
Teria sido mal feito
Por quem lhes antecedeu
E que ao final concedeu
O que consideram abuso?
Será que o tal de respeito
Aos princípios do direito
Já está fora de uso?
Data vênia, meus senhores
E a tal coisa julgada?
Que já era “transitada”
E se dizia “imexível”;
Vejam só que coisa horrível
Ela já não mais perdura;
Como o amor em desavença
Parece que uma sentença
Só é boa enquanto dura
Data vênia, meus senhores
E o direito adquirido?
Que resultou suprimido
Na chamada “carta maior”
Que agora tornou menor
Os proventos ajustados?
Será mesmo que brincaram
Quando a tal carta aprovaram
Os senhores deputados?
Onde anda a cláusula pétrea
Nossa grande segurança?
Não merece mais confiança
Pela falta de firmeza
Quando já foi a certeza
Do negócio contratado;
Tem razão o que define
Ser a clàusula tão firme
Como palanque em banhado
Não há mais o que chorar
O leite está derramado
Coitado do aposentado
Que deu sua mocidade
Em favor da sociedade
Caiu mesmo num buraco;
Agora é se conformar
E, data vênia, enfiar
Sua viola no saco
(*) É um jargão respeitoso
Usado em qualquer instância
P’ra introduzir discordância
Numa discussão forense
Onde até o amanuense
Aplica com precisão;
Mas enfim, só resta agora
Rezar p’ra Nossa Senhora
E implorar proteção
Antonio Luiz de Oliveira/ago/2004
(Julgamento que cassou o direito de isenção da
contribuição previdenciária que tinham os aposentados)
sábado, 12 de setembro de 2009
A Dama da Noite
Certa feita, gente amiga, tive uma noite de cão
Não havia posição em que o sono conciliasse
Ficando assim nesse impasse até perder o sossego
Ao perceber o achego de uma dama que nos pagos
Só sabe fazer afagos a quem esteja estressado
E já espere deitado, pra receber seu chamego.
Muita gente bem conhece a tal moça debochada
Que na alta madrugada resolve mexer com alguém
E ainda fazer desdém, daquele pobre coitado
Que porventura, sorteado, receba bem a teimosa
Pois ela, mui silenciosa, sem pressa ou acanhamento,
Vai direto ao pensamento, pra lhe deixar tresnoitado.
Realmente são marcantes os sinais de seu abraço
Restando baita cansaço, pro parceiro, no outro dia,
Mal-estar, muita fobia, mau humor e abstração
Em nada presta atenção, e tem lapsos de memória,
Juntamente com a história da gigantesca fadiga
Lembrança da rapariga a quem deu tanta atenção.
Os olhos congestionados, depois da dita peleia
Parecem cheios de areia e teimam fechar sozinhos,
Carecendo algum carinho pra se manterem abertos
Até que surja, por perto, uma cama meio a jeito
Pra socorrer o sujeito, cuja vontade, eu abono
É só encontrar o sono, perdido em lugar incerto.
Uma vez até que passa, mas duas já é bastante
É dose “pra elefante” o que sobra do entrevero
Pois sem dizer exagero, são danos consideráveis,
E talvez, inaceitáveis, quando vêm repetitivos
Por se tornarem atrativos pra outras anomalias
Que moram nas cercanias, de defesas vulneráveis.
Eis apenas o “milagre”, sem falar o nome da “santa”
Na verdade aquela “anta”, que chega sem cerimônia
É chamada de insônia, e tenta, com insistência
Tomar conta da paciência, de qualquer desavisado
Que não tenha o cuidado e nem o discernimento
De buscar atendimento, no médico e na ciência.
Antonio Luiz de Oliveira – mar/2005
Não havia posição em que o sono conciliasse
Ficando assim nesse impasse até perder o sossego
Ao perceber o achego de uma dama que nos pagos
Só sabe fazer afagos a quem esteja estressado
E já espere deitado, pra receber seu chamego.
Muita gente bem conhece a tal moça debochada
Que na alta madrugada resolve mexer com alguém
E ainda fazer desdém, daquele pobre coitado
Que porventura, sorteado, receba bem a teimosa
Pois ela, mui silenciosa, sem pressa ou acanhamento,
Vai direto ao pensamento, pra lhe deixar tresnoitado.
Realmente são marcantes os sinais de seu abraço
Restando baita cansaço, pro parceiro, no outro dia,
Mal-estar, muita fobia, mau humor e abstração
Em nada presta atenção, e tem lapsos de memória,
Juntamente com a história da gigantesca fadiga
Lembrança da rapariga a quem deu tanta atenção.
Os olhos congestionados, depois da dita peleia
Parecem cheios de areia e teimam fechar sozinhos,
Carecendo algum carinho pra se manterem abertos
Até que surja, por perto, uma cama meio a jeito
Pra socorrer o sujeito, cuja vontade, eu abono
É só encontrar o sono, perdido em lugar incerto.
Uma vez até que passa, mas duas já é bastante
É dose “pra elefante” o que sobra do entrevero
Pois sem dizer exagero, são danos consideráveis,
E talvez, inaceitáveis, quando vêm repetitivos
Por se tornarem atrativos pra outras anomalias
Que moram nas cercanias, de defesas vulneráveis.
Eis apenas o “milagre”, sem falar o nome da “santa”
Na verdade aquela “anta”, que chega sem cerimônia
É chamada de insônia, e tenta, com insistência
Tomar conta da paciência, de qualquer desavisado
Que não tenha o cuidado e nem o discernimento
De buscar atendimento, no médico e na ciência.
Antonio Luiz de Oliveira – mar/2005
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