terça-feira, 11 de outubro de 2011

Felicidade

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Sou feliz, abençoado,
Contente por ter ao lado
As coisas lindas da vida,
Dentre elas, mais querida,
A namorada, a parceira
Que, comigo, a vida inteira,
Vem exaltando a beleza,
O carinho, e, o afeto
Com que o Grande Arquiteto,
Construiu a natureza.

Nosso rancho é na coxilha,
Feito à beira de uma trilha
Que serpenteia na mata,
Pra nos levar à cascata
Onde ocorre noite e dia,
Um festival da poesia
Jamais escrita em papel;
Pois, ali, até as mágoas,
No cantar daquelas águas,
Também brincam de “rappel”.

Bem ao longe, no horizonte,
Brilha cedo a grande fonte
De energia dos pagos,
Pra refletir-se no lago,
Que é manancial importante,
No qual as aves migrantes
Vêm acampar no entorno;
Onde aquelas lá do Norte,
Encontram alimento forte,
Pra viagem de retorno.

À noite, vemos no campo,
Vasto mar de pirilampos
A bailar de forma arisca,
Brincando de pisca-pisca,
Ou, talvez, de apaga, apaga,
Numa seqüência que afaga
Mesmo a alma empedernida,
Que viu tudo e não viu nada,
Nessa longa caminhada
Pelas estradas da vida.

A.L.Oliveira/jul/2007
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