sexta-feira, 30 de julho de 2010

Singela Homenagem

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Rememoro nestes versos de pura simplicidade
O registro da saudade de uma eminente figura
Que faz parte da cultura e do mapa da Capital
Pela forma magistral como expressou seu amor
Ao falar do esplendor das avenidas e praças
O que fazia com graça, por vezes, com ironia
Percebendo poesia em cada rua ou esquina
Na verdadeira rotina, de andar em caminhadas
Geralmente, encetadas, a qualquer hora do dia.

Aqui viveu esse moço, procedente do interior
Que se tornou escritor do porte mais elevado
Um poeta respeitado pela força de sua pena
Que deslizava serena ao imprimir no papel
Seu pensamento fiel, capacitado, eficaz
Não raro, até mordaz, ao fazer de coisa séria
Desde a gostosa pilhéria, até um texto erudito
Que logo seria escrito na revista ou no jornal
Editado, ao final, como sisuda matéria.

Deixou a terra natal, quando ainda era menino
O rapazote franzino, que veio seguindo a trilha
Traçada pela família, bem longe, no Alegrete
E, aqui se fez ginete, um domador das palavras
Saindo da sua lavra, tantos livros, tantas glórias
Integrantes da história desta querida cidade
Que teve a felicidade de hospedar o contista
O escritor e jornalista mais amado dos leitores
Aprovado, com louvores, pela sensibilidade.

Falei de Mário Quintana, poeta de nascimento
Que usou do seu talento, um dom da sabedoria
Criando no dia-a-dia sempre um motivo a mais
Pra leitura dos jornais se tornar mais atrativa
Pela forma criativa com que descreveu a vida;
Mesmo, após a despedida, sua obra é o cenário
Do primeiro centenário, comemorado este ano
Lembrando quão soberano, didático e profundo
Foi o que legou ao mundo, o poeta legendário.


A.L.Oliveira/ago/2006
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