Bom dia, meu caro irmão
Aceite um bom chimarrão
Cevado com erva pura
Conforme manda a cultura
De um índio velho charrua
Que nasceu há muitas luas
No pampa desta querência
E, vive em modesto abrigo
Escancarado aos amigos
Que amem a radiofreqüência.
O rádio do qual eu falo
Se assemelha ao bom cavalo
Sempre às ordens do ginete
Bem tratado, de piquete
O mais ligeiro da estância
Que, com garbo e elegância
Transporta a fraternidade
Saltando algumas fronteiras
Muitas cercas e porteiras
Que separam a humanidade.
Mas, se bate a urucubaca
Vira matungo, que empaca
Não anda nem um pouquinho
Deixa o dono a falar sozinho
E, no mato, sem cachorro
Sem conhecer um socorro
Que espante a tal “maldição”
Pois,parece que o “mundo acaba”
Não há santo ou reza braba
Que abra a propagação.
Brincadeiras, dificuldades
São as marcas da saudade
Que atestam valer a pena
Cada emenda e cada antena
Todo erro, algum tropeço
Pois, o lucro do começo
Está mesmo no improviso
Pra encontrar-se a barranca
Onde moram a “mosca-branca”
E as “aves-do-paraíso”.
PY3AL- A.L.Oliveira/mai/2007
quinta-feira, 8 de abril de 2010
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