sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Amor e Ódio

Certa vez um andarilho ensinava ao próprio filho
Com modesta sabedoria, que a melhor filosofia
Para explicar nossa vida, geralmente é recolhida
De uma batalha feroz, travada pelos instintos,
Entre dois lobos famintos que vivem dentro de nós.

São iguais na estatura, mas um deles tem figura
Que não assusta a ninguém, por ser o lobo do Bem,
Que batizamos de Amor; já, o outro, um destruidor,
Retrato do próprio Mal, que é conhecido por Ódio,
Faz da vida um episódio de conduta anti-social.

Cuidado, muita atenção, ao tomar sua decisão
Naquele exato momento, da dosagem do alimento
Que cada um necessita; pois é da mesma guarita,
Que lhe demos de morada, que sai a fera raivosa,
Ou a dócil, carinhosa, na forma como tratada.

Jamais haverá empate, nesse derradeiro embate,
A que são submetidos, quando um deles escolhido,
Por nós, como favorito, bem antes de ser inscrito
No certame programado; pois, já entra na disputa,
Com a vantagem absoluta, de melhor alimentado.



A.L.Oliveira/out/2007 –

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