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Numa noite de lua cheia
Por volta de três e meia
Horário da madrugada
Dormindo em minha morada
Sonhei ter desencarnado
Mas, algo me intrigava
Quando um gaiato, falava
Olhando o céu, assustado:
Como diz o velho ditado
Tá mesmo o mundo virado
E não tem mais compostura
Ao permitir que a figura
De qualquer alma penada
Ande aí fora de prumo
Completamente sem rumo
Voando desajeitada.
Enquanto planava, à toa
Nas alturas, numa boa
Contemplava a natureza
Na mais completa leveza
Do corpo sem consistência:
Pois fantasma, mesmo obeso
Não dispõe de qualquer peso
Nem mesmo na consciência.
Acordei logo em seguida
Dando graças pela vida
Muito embora em sobressalto
Pois a visão lá do alto
Só traz saudades do chão
Pra quem não é passarinho
E não sabe voar sozinho
Nem mesmo de avião.
Agradeço ao Onipotente
Por estar aqui presente
Enquanto faço meus versos
Pois o Rei do Universo
Com tanta coisa a fazer
Encontra sempre algum jeito
De acompanhar um sujeito
Que mal consegue escrever.
A.L.Oliveira/mar/2008
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sábado, 26 de fevereiro de 2011
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