sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Cem Anos de Poesia

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O poeta, um visionário
De tudo faz poesia
Enxerga estrelas de dia
Vê a lua em toda parte
Avista as musas da arte
Nos lugares mais diversos
Por vezes, até bravios
Mas, não mede desafios
Pra colocá-las nos versos.

Percebe o que não é visto
Pelo comum dos mortais
Que não ousaria, jamais
Penetrar na própria alma
E, dali, extrair com calma
A melhor foto, a imagem
Dos recônditos da vida
Onde estaria escondida
A essência da mensagem.

Revela clarividência
Quando em noites sem luar
Descreve o céu e o mar
Na cor azul, semelhante
Aquela que o fez, brilhante
O nosso Grande Pintor;
Pois, quem alcança esse tom
Com certeza tem um dom
De origem superior.

Um desses iluminados
Muito amou nossa cidade
Foi o papa, a santidade
Dos poetas rio-grandenses
Sendo um ”portoalegretense”
Por honra e merecimento;
Aplausos, portanto, ao Mário (*)
Celebrando o centenário
De seu próprio nascimento.

A.L.Oliveira/julho/30/2006


(*) - Mário Miranda Quintana, natural de Alegrete, nasceu em 30.07.1906. Viveu em Porto Alegre, onde recebeu o título de cidadão honorário em 1967. Faleceu em 05.05.1994.

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